II – AS PECULIARIDADES DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO NA IMPORTAÇÃO
E NA EXPORTAÇÃO:
Diferentemente de uma fábrica, que trabalha com planejamento de produção periodicamente informado, a transportadora que atende ao comércio exterior, especialmente na importação, nunca sabe o que vai ter para transportar no dia seguinte.
O trabalho das empresas especializadas em entregar cargas de comércio exterior – nos portos e aeroportos – é muito diferente daquele que realizam transporte de distribuição e transferência de matérias primas e produtos acabados dentro do território nacional.
A execução de suas tarefas já exige uma estrutura muito diferenciada – tanto de recursos humanos quanto técnicos – para o perfeito atendimento das necessidades clientela.
Chama a atenção, principalmente nos portos, a complexidade dos equipamentos necessários para a movimentação de carga: empilhadeiras normais e especiais – modelo Stacker – cavalos mecânicos, chassi porta-container de 20’ e 40’, semi-reboques extensíveis e pranchas rebaixadas para transporte de cargas especiais.
Os funcionários também precisam ser especializados. Há que se contar com pessoal técnico para retirar ou entregar cargas nos Terminais Portuários e Aeroportuários para garantir que, de posse dos documentos de desembaraço preparados pelos despachantes aduaneiros e comissárias de despachos, as cargas sejam liberadas em perfeitas condições, físicas e documentais.
Uma outra característica que distingue essas atividades é a composição da frota de veículos. Porque no transporte de comércio exterior nenhuma empresa consegue ter uma programação de trabalho exata. Motivos não faltam.
Todas as transportadoras, todos os dias, após ás 18:00 horas, quando retornam os moto-boys, encarregados da busca dos documentos nos diversos despachantes que atendem aos clientes, é que ficamos sabendo quantos containers e carga solta teremos que transportar no dia seguinte.
É quando começa a rotina do pessoal noturno, encarregados da triagem dos documentos, emitir conhecimentos rodoviários e de alocar as cargas nos nossos caminhões ou nos de agregados que estiverem disponíveis em nosso pátio.
Fica evidenciado então que, ao contrário das empresas que fazem transporte programado – tipo “milk-run” – para atender a entrega de autopeças nas montadoras de veículos ou mesmo aquelas que fazem suprimento de matéria-prima ou escoamento de produção regular de fábricas, os transportadores de comércio exterior nunca sabem com antecedência quantos volumes de carga solta e quantos containers vão carregar.
Poderão ser 30, 40, mas ás vezes são mais de 100 containers. Por isso é impossível manter frota própria suficiente estacionada no pátio. O custo fixo decorrente inviabilizaria economicamente a nossa prestação de serviços.
Daí a importância e o cuidado que dedicamos á nossa frota de autônomos, que em média transporta mais de 30% das cargas que nos são confiadas e, por esse motivo, é composta por pessoas e equipamentos criteriosamente selecionados.
Assim é a logística do trabalho da REVA, constantemente aprimorada na busca contínua da qualidade.
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